A Opéra Bastille foi inaugurada no dia 14 de julho de 1989, durante as comemorações de segundo centenário da Revolução Francesa, com um concerto regido pelo maestro George Prête com participação de estrelas como Tereza Berganza e Plácido Domingo. Ocupa o espaço de uma antiga estação de trem, a Gare de la Bastille, de 1859. A fachada principal, na aparência, é um maciço cilindro revestido de vidro que conflita com a paisagem arquitetônica em sua volta. Não conseguiu o grande feito do Beaubourg: uma obra arquitetônica moderna integrada com sucesso num cenário urbano legado por séculos anteriores.

O interior do teatro é tido como obra prima da tecnologia. Tem palcos móveis, grande maquinário cênico, sala principal que recebe 2.700 espectadores em confortáveis assentos estofados de preto e com visão completa da cena. Tornou-se a sede da Opera Nacional de Paris, enquanto a histórica Opéra Garnier passou a dedicar-se quase exclusivamente ao ballet.

O projeto é do arquiteto uruguaio Carlos Ott, que venceu em 1983 um concurso oficial do qual participaram 756 concorrentes. Houve três finalistas e Ott, até aquele momento desconhecido, acabou sendo o escolhido. Desde então teve uma carreira fulgurante.