Este palacete foi construído sobre um terreno rural que pertencera aos religiosos de Sainte-Catherine-des-Écoliers e foi loteado em 1545. Na área foram abertas novas ruas, entre elas a rue Elzévir, que na época se chamou rue de la Culture Sainte-Catherine (1545), depois rue Diane (1598), rue des Trois Pavillons (até 1897) e finalmente Elzévir, em homenagem a uma família de gráficos e livreiros holandeses que ali viveram no século XVI.

Méderic Donon comprou um lote no qual mandou construir o seu hôtel particulier, no qual viveu até morrer. A elegante obra realizada chama a atenção pelos elevados telhados e pelo gosto refinado do conjunto. O arquiteto que a executou é desconhecido, mas sem dúvida estava bem envolvido com o espírito cultural e estético reinante no século XVIII, conhecido também como o Século das Luzes.

Durante o século XIX e parte do século XX o edifício teve usos comerciais e ficou bastante arruinado. A municipalidade de Paris o adquiriu em 1974, o restaurou completamente e o escolheu para abrigar a coleção de obras de arte do Século XVIII do Musée Cognacq-Jay, que até 1990 estivera instalado em outro local.

Esse acervo pertencia ao casal Ernest Cognacq e Marie-Louise Jay e foi doado para a cidade de Paris por Marie-Louise quando o marido faleceu. De origem modesta, o casal enriqueceu com o crescimento da loja de departamentos La Samaritaine, fundada por eles no final do século XIX. O acervo é constituído por uma pequena, porém significativa coleção de obras de arte do século XVIII onde figuram obras de Fragonard, Boucher, Watteau, esculturas, móveis, jóias e porcelanas.

Próximo ao Hôtel Donon, no n.10 da rue Elzévier, vemos a parte dos fundos e o romântico jardim do Hôtel de Marle, que abriga o Centre Culturel Suédois, cuja entrada está na rue Payenne.