Área por Área >> Île de la Cité - Île de Saint-Louis
HÔTEL LAMBERT
INFORMAÇÕES
2, rue St- Louis-em-l’Île


Metrô:
Sully-Morland

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O arquiteto Louis Le Vau edificou este belo palácio para o rico financista Jean-Baptiste Lambert de Thorigny, conselheiro e secretário do rei. A obra estendeu-se de 1641 a 1644, Jean-Baptiste morreu antes que fosse concluída e a continuação ficou a cargo de seu irmão Nicolas Lambert, presidente do Tribunal de Contas. Os trabalhos de decoração interna, aos cuidados de Charles Le Brun, François Perrier e Eustache Le Sueur, se estenderam por 12 anos com várias interrupções. O magnífico resultado é considerado uma obra prima da arquitetura de interiores e da pintura decorativa do século XVII. Le Sueur realizou as pinturas da Chambre des Muses e do Cabinet de l'Amour enquanto Le Brun realizou as obras da Galerie d' Hercule. Os quadros que decoravam a Chambre de Muses e o Cabinet de l'Amour foram adquiridos pelo conde d'Angiviller em 1776, entraram para as coleções reais e hoje se encontram no Musée du Louvre.


O arquiteto Louis Le Vau construiu uma residência para sua família justo ao lado do Hotel Lambert e nela viveu de 1642 até 1650. Após a morte do arquiteto, em 1670, os dois edifícios foram unidos e as fachadas integradas. Em meados do século XVIII o Hôtel Lambert tornou-se propriedade da Marquise du Châtelet, uma aristocrata bonita, culta e inteligente que era amante de Voltaire. A marquesa era famosa em Paris pelo salon que mantinha no palácio. Em 1843 o magnata polonês, Principe Adam Jerzy Czartorysky comprou o Hotel Lambert. O príncipe era líder da oposição aristocrático-liberal ao governo polonês e empreendeu grande atividade política e cultural nos salões do palácio que receberam grandes artistas do século XIX como Frédéric Chopin, Honoré de Balzac, Hector Berlioz, Eugène Delacroix e Franz Liszt. No século XX, em 1975, o palácio foi vendido ao banqueiro Baron Guy de Rothschild que o adotou como residência parisiense. Pouco antes de sua morte, Rothschild vendeu o Hôtel Lambert para o arquimilionário príncipe do Qatar Abdullah bin Khalifa al-Thani, que logo anunciou importantes reformas e modificações no histórico edifício. Houve grande comoção em torno do tema e as autoridades francesas congelaram pelo momento qualquer intervenção no palácio.